Conselho de ministros aprova produção de mais de mil megawatts ate 2012
O director do Gabinete de Inspecção do Ministério da Energia e Águas declarou, ontem, ser objectivo do Executivo garantir a produção de 1.010 megawatts até 2012, no âmbito das prioridades do seu programa de acção. Diógenes Diogo, que dissertava no Fórum Económico “Angola no século XXI: uma economia em crescimento”, referiu que a meta consta da estratégia do pelouro de reforço da potência instalada e da capacidade de produção de energia eléctrica, com vista a aumentar a taxa de electrificação do país. No mesmo quadro das prioridades, afirmou, o Ministério da Energia e Águas pretende concluir e lançar projectos chaves e concretizar modalidades de financiamento, com realce para a reabilitação da Central de Cambambe e construção de outra barragem. Em carteira, disseDiógenes Diogo , também estão as construções do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, no Médio Kwanza, a instalação de a central elétrica de Caminhos de Ferro pela LS Energia e a GE, a mesma que também participa da Central de Ciclo Combinado do Soyo e do A. H. Jamba Ya Omã, no rio Cunene, a execução do programa de pequenas barragens e o aproveitamento de outras fontes renováveis de energia, nomeadamente eólica e solar , contando-se nessas últimas empreitadas com a participação do sector privado. Diógenes Diogo frisou que o Executivo também tenciona reforçar e expandir a rede de transporte, ampliando a linha da região de Luanda e Bengo “para eliminar estrangulamentos e fornecer energia às novas centralidades”. As autoridades, declarou, pretendem, igualmente, lançar os projectos de construção das novas linhas de transporte associadas às novas centrais e definir as grandes linhas do novo modelo regulador, incluindo uma nova política tarifária, com vista a criar condições que garantam a auto sustentabilidade do sector eléctrico. Neste contexto, prosseguiu Diógenes Diogo, está projectada a construção de novas subestações com previsões de capacidade de 60/15 kV e o reforço e expansão das redes de média e baixa tensão. A taxa actual de electrificação, na maior parte fornecida em áreas urbanas, é de cerca de 33 por cento para uma população estomada entre 18 e 20 milhões. “A tarifa é fixada e não é suficiente para cobrir os custos de produção”, disse em relação à política tarifária.
Angola, Quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Jornal de Angola